Apresentação

O Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública foi criado porque as diversas entidades voltadas à questão da Educação são corporativistas, não tendo a prioridade de garantir um ensino de boa qualidade a partir do ponto de vista do aluno.

1. COMUNIDADE – este termo define o grupo de pessoas que habita um determinado local, especificamente, neste caso, as pessoas que moram ao redor da Unidade Educacional;
2. DE OLHO – esta expressão significa que a Comunidade fiscalizará, acompanhará e participará da proposta educacional da escola;
3. NA ESCOLA – este Movimento é direcionado para o acompanhamento do desenvolvimento da Educação, tendo em vista a enorme responsabilidade do sistema educacional na formação de nossas crianças e adolescentes;
4. PÚBLICA – a prioridade é o ensino público, pois a escola particular é um mero complemento do sistema Educacional, sendo que sua clientela tem maiores condições de defender-se de possíveis violações de Direitos. No entanto, o Movimento também acompanhará a situação dos alunos nas escolas particulares.

Para um correto entendimento da proposta do Movimento, apresentamos quatro perguntas (e respostas):
1. O que é o Movimento COMUNIDADE DE OLHO NA ESCOLA PÚBLICA? É um Movimento que surgiu para motivar e garantir o Direito (e Dever) dos pais, e da comunidade, participarem do processo educacional dos filhos (conforme o artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente);
2. Por que foi criado? As diversas entidades voltadas à questão da Educação são corporativistas, não tendo a prioridade de garantir um ensino de qualidade a partir do ponto de vista do aluno. Em geral, os sindicatos de profissionais, as Associações de Pais e Mestres, e os Conselhos de Escola, têm adotado o princípio de defender, de forma intransigente, tanto o professor quanto a direção das escolas, mesmo quando o assunto é a suspensão ou expulsão de alunos ditos “problemáticos”;
3. Qual é a proposta de trabalho? O Movimento tem o objetivo de motivar a comunidade para que esta participe da vida escolar, orientando-a no sentido de garantir que todos os profissionais da escola respeitem os alunos, pois estes fazem parte do elo mais fraco do Sistema Educacional e, se eles forem tratados com desrespeito e intimidados a “obedecerem” toda e qualquer determinação sem questionamento, simplesmente reproduzirão a mesma formação das gerações passadas, as quais nos colocaram na situação atual. Devemos garantir a criatividade natural de nossas crianças, de forma tal que elas possam garantir um futuro melhor para o Brasil;
4. Como é a atuação prática do Movimento? O Movimento já tem conhecimento das escolas mais problemáticas de SP. A partir destes dados, iniciamos um programa em conjunto com a comunidade. Partindo das próprias informações obtidas na comunidade, traçamos uma agenda de atuação que vai desde a efetiva participação no conselho de escola, até a eventual constituição de advogados para a defesa de Direitos em relação às violações que venham a ser detectadas contra crianças e adolescentes. Vale dizer que uma das grandes dificuldades em garantir a participação da comunidade é o fato da direção da escola e os professores não terem dedicação exclusiva à unidade educacional, situação esta que impossibilita a participação destes profissionais na vida cotidiana da comunidade. Esta situação cria um clima de desconfiança e de intolerância destes profissionais em relação aos alunos e pais, principalmente nas escolas da periferia de S. Paulo.

Mauro A. Silva –
Coordenador do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública
R. Camilo Carrera nº 228 – CEP 04331-000, S. Paulo/SP- tel. :(0xx11)  954544193
novo site: https://movimentocoep.wordpress.com/
e-mail: coepdeolho@yahoo.com

O Movimento COEP é coordenado pelas seguintes entidades:

– Gremio SER Sudeste – Promoção da Cidadania e Defesa do Consumidor (Presidente Mauro A. Silva);

– NAPA – Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Presidente Cremilda Estella Teixeira);

– NEPPAL – Núcleos de Estudos, Participação e Propostas de Atividades Livres (Coordenador José Roberto Alves da Silva).

8 Respostas para “Apresentação

  1. Ricardo Rolim Xavier

    Os professores têm suas responsabilidades no problema educacional. Mas a maior responsabilidade é das politicas educacionais das secretarias estaduais e municipais de educação e das gestões dessa. Inclusive pela burocratização.
    O COEP deve concietizar as comnidades sobre o que é politica eucacional e junto com acomunidade cobrar mudanças nessa politca. A LDB e as confrencias nacionais e municipais de educação podem forçar essa mudança.

    • Ricardo,

      O Movimento COEP faz o que pode dentro das limitações de qualquer grupo ou associação que atua de forma voluntária.
      Nossa maior preocupação é com o fato de muitos professores aceitarem passivamente que um mau corporativismo domine as escolas públicas.

      • Eliane Pires

        O professor é pressionado constantemente. A direção controla todos os seus movimentos, não com a intenção de que ele faça um bom trabalho, mas que ele supra as necessidades gerais, ou seja, mantenha os alunos “ocupados”, não peça nada, não gere despesa, não mande ninguém ao SOE, muito menos para a direção resolver. Enfim, não dar trabalho a direção, que está muito atarefada, procurando saber quem está do seu lado, até para prejudicar um colega.
        Quem se negar a esta “parceria”, que beneficia á um só segmento (direção) recebe chamada do coordenador e tem que assinar uma ATA. Sendo que na sua 3ª ATA o professor pode ser mandado embora, não importando quão bom seja o seu trabalho com os alunos. É JUSTO? O professor é o maior prejudicado, a menos que ele não tenha princípios morais…

    • Sonia regina da Silva

      estamos trabalhando com esse projeto na escola! a questão é que a maioria dos alunos da rede pública ja vem para a escola sem o menor princício de EDUCAÇÃO, VALORES MORAIS E ÉTICOS, SEM LIMITES E SEM EDUCAÇÃO! eles vem vazios de tudoooooo e os professores tem de trabalhar os conteúdos das disciplinas e ainda trabalhar a educação , valores e principios que sempre tiveram de vir de casa! EDUCAÇÃO VEM DO BERÇO, não se aprende na escola! professor não é BABA escola não é creche! pessoas como dona Cremilda que só sabe abrir sua santa boca para ofender o professorado deveria saber disso! não é minha obrigação educar gente totalmente desprovida de valores, minha obrigação como professora é ensinar os conteudos de minha disciplina e o mesmo se aplica aos outros professores!

      • Mauro A. Silva

        Sônia,
        Um dos problemas é que a escola sempre responsabiliza “os outros”… não se responsabilizam por nada…
        Temos muitas escolas que não cumprem nem mesmo po calendário obrigatório… os profissionais das escolas devem dar o exemplo, e não somplesmente ficarem “dando conselhos para os outros”…
        Nós sempre lançamos os desafios: existe alguma escola que não pratique pelo menos duas das 20 principais violências desxritas pelo Movemnto COEP? Se existe, gostaríamos de conhecer esta escola.

  2. Estou procurando alguem que possa me orientar a quem recorrer no caso de perseguição por parte da diretora de escola.Só quer saber de suspensões, aconselhamento para mudar de escola e o escambal.Será que temos que nos sujeitar a isso.Ela já é diretora a mais de dez anos.Será isso correto.Ganha as eleições porque não há chapa concorrente.A quem devo recorrer aqui no meu estado.Fico no aguardo, por favor me responda.
    obrigado

  3. João O. Trindade Jr.

    Mauro, já ocorreu a vocês que o professor é um indivíduo que está fazendo o que pode diante de um estado falido que não o apoia, especialmente um estado que além de investir em educação, retirou toda a sua autoridade em sala de aula, de maneira que desejam que ele controle a turma e transmita seu conhecimento, mas o faça respeitando os direitos individuais dos alunos, o que no entendimento desses alunos – que vão correndo para casa reclamar – significa ter o direito de ficar com um celular ligado e não respeitar o professor quando ele pede que façam silêncio?

    • cobramos do professor uma atuação compatível com a sua formação e capacitação exigida pelo cargo.
      Vale destacar que tem mujitos professores denunciando que é a própria classe que denigre o magistério, tanto aceitando trabalhar em condiçoes precárias quanto ao não comprometimento com o ensino aprendizagem dos alunos.

      SP, 13/03/2013
      Mauro Alves da Silva
      Coordenador do Movimento COEP

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